Vivemos tempos muito competitivos. Há disputa de todos os tipos e em todos os lugares. Somos induzidos a competirmos permanentemente, desde a situação mais simples até às mais complexas. Há competições familiares, na nossa rua, com nosso vizinho, de bairro com bairro, na escola com os colegas, entre turmas, entre escolas, cidades, estados, países, nas empresas, no futebol e em inúmeras outras possibilidades. O mundo é competitivo.
O período eleitoral, por exemplo, é igualmente uma competição acirrada, emotiva, por vezes fundamentalista e radical.
O problema é que a competição não significa guerra que gera desconforto e consequências pouco construtivas. Competir não quer dizer que as pessoas tenham que romper amizades, se tornarem inimigas. Há uma mistura dessas ideias. Competir é escolher habilidades e talentos que melhor se encaixem em determinadas situações.
Não significa, com isso, que quando alguém não é escolhido ou não é o vencedor de uma disputa esportiva, por exemplo, seja o pior dos seres, ou pior dos times. Talvez, naquele momento, aquela habilidade não foi comtemplada em detrimento de uma melhor. Isso deve ser compreendido com equilíbrio . Claro que não é bem assim aceitar uma perda.
Há sofrimento, mas isso deve remeter sempre a busca de superação e aprimoramento, justamente porque o mundo é assim, competitivo.
Por isso que se diz que é preciso estar pronto paras as várias situações que se apresentam. Estudar, crescer, amadurecer, desenvolver-se, significa, antes de tudo, estar preparado para a vida.
João Verissimo - Jornalista