quinta-feira, 12 de julho de 2012

De olho nos temas de redação para o vestibular


       Além de estar bem preparado com os conteúdos na “ponta da língua” para as questões de múltipla escolha, um vestibulando não pode descuidar da redação. Parte importante, ou até mesmo única do Vestibular, a redação muitas vezes acaba se tornando a vilã dos vestibulandos.
     Aposto que você já se pegou pensando o que escreveria na redação caso o tema for violência, drogas, meio ambiente, política, etc. Isso é perfeitamente normal, já que geralmente nos preparamos para temáticas que estão mais presentes em nosso dia a dia. Mas e se você não tiver muita afinidade com o tema de redação? Saiba que isso pode ser evitado. E a receita é simples: estar bem informado e em dia com a leitura.
    Procure intercalar os seus períodos de estudo dos conteúdos de Biologia, Química, Matemática, etc., com uma leitura mais informativa. Para isso vale dar uma olhada nos principais jornais do Estado, assistir aos noticiários de tv, ouvir rádio e, é claro, visitar os principais sites noticiosos.
      Outra dica é criar desafios sobre diferentes temáticas: simule uma situação em que você terá que escrever sobre um determinado assunto, algo novo, que você acabou de ouvir. Esse exercício além de trabalhar as questões de escrita, também possibilitará que você conheça suas potencialidades e deficiências. Depois de escrever vale sempre buscar um professor de Língua Portuguesa para ler sua redação e pontuar os aspectos positivos e negativos.
       Para finalizar: fique sempre atento à proposta da redação, pois nem sempre o texto solicitado é uma prosa dissertativa. Já houve casos em que o texto solicitado foi uma narração ou até mesmo uma descrição. Então esteja sempre atento ao que se pede no enunciado.
  
Veja um exemplo de proposta de redação do Vestibular de Inverno da Unicruz
 
      Os candidatos que realizaram o Vestibular de Inverno da Universidade de Cruz Alta no dia 07/07/2012 foram avaliados a partir de uma redação cujo tema foi embasado na seguinte frase: “Enquanto os lideres mundiais aprovam um documento de eficácia questionada, prefeitos, empresários e a sociedade civil assumem o comando das soluções para salvar o planeta”. A partir desse fragmento retirado da revista Isto É, de junho de 2012, foram oferecidas seis questões norteadoras a respeito do meio ambiente para que os candidatos desenvolvessem uma redação em prosa dissertativa de no mínimo 20 linhas e no máximo 40 linhas.

“Enquanto os lideres mundiais aprovam um documento de eficácia questionada, prefeitos, empresários e a sociedade civil assumem o comando das soluções para salvar o planeta”. Revista Isto É, de junho de 2012

A partir do fragmento de texto acima, redija uma dissertação considerando as seguintes questões orientadoras:

a)     Como você vê a atuação das autoridades governamentais, no que se refere ao encaminhamento das questões ambientais, em termos de Brasil?
b)     As políticas internacionais têm demonstrado preocupação com os desastres ambientais. Um exemplo disso verificou-se na realização do evento Rio +20, ocorrido no Rio de Janeiro há poucos dias. Como você analisa os resultados das ações dessas políticas?
c)      Em relação às questões ambientais, como você avalia o posicionamento contido no fragmento da Revista Isto É.
d)     De que maneira você percebe as relações entre sociedade e meio ambiente?
e)     O que você, como cidadão, faz para contribuir com o meio ambiente?
f)        O que você acha que as pessoas poderiam fazer para minimizar os danos ambientais?

Escolas têm novo prazo para inscrições, até 03 de agosto

       Se você ainda não fez a inscrição da equipe da sua escola para o Desafio Papo Cabeça 2012 fique atento porque há um novo prazo para efetuar o processo: até o dia 03 de agosto.
    Segundo o publicitário Jeison Costa, coordenador da Comissão Organizadora, com a antecipação das férias de inverno, várias escolas contataram a comissão organizadora do Desafio Papo Cabeça solicitando a prorrogação do período de inscrições. “A ausência dos alunos em muitas escolas está dificultando a finalização das inscrições e, principalmente, o encaminhamento da documentação exigida”, ressalta o Publicitário.
  O Coordenador da Comissão Organizadora explica que o prazo incluí as inscrições no site www.desafiopapocabeca.blogspot.com e a postagem dos documentos solicitados nos Correios  (autorização da escola e autorização de uso de imagem de cada integrante da equipe), visto que a antecipação das férias foi inesperada. “Vale ressaltar que não há nenhum tipo de prejuízo para as equipes já inscritas e também não há problema para o cumprimento do cronograma das etapas do Desafio”, comenta Jeison.
       
Novidades e premiação
       Para edição de 2012 as equipes participantes terão algumas novidades, como o número de prêmios, que ao todo serão mais de 240, e uma “Faixa Extra” para as equipes que não obtiverem a classificação à fase final do Desafio, também com premiação.
      Como no ano passado, a equipe campeã e a escola representada pelos vencedores terão novamente uma premiação que merecem destaque: serão até 30 tablets para os integrantes e uma biblioteca digital móvel para a escola.

Informações pelo telefone 55 3321 1552 ou pelo email papocabeca@unicruz.edu.br.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Para ouvir na sexta-feira 13


Num belo dia, sol batendo na janela, passarinhos cantando, acordei com vontade de ouvir Black Sabbath. Era o meu chamado vácuo musical: não queria ouvir nada do que eu costumo ouvir nem descobrir qualquer novidade. Queria era ouvir a antiga banda do Ozzy Osbourne, da qual eu conhecia, sei lá, seis ou sete músicas, porque mesmo na minha adolescência metaleira o Black Sabbath nunca passou muito perto.

Eu sempre tive uma espécie de receio à banda – um leve temor, confesso –, porque havia toda uma história de satanismo, magia negra, Ozzy engolindo morcegos no palco, o sangue escorrendo pelo pescoço, mitos & verdades que sempre me espantaram. E tinha também a capa do primeiro álbum, homônimo da banda, com a bruxa de Blair ou sei lá o que é aquilo. Nunca esqueci dessa capa desde que a vi numa revista sobre música, e eu nem era mais criança.

        Pois naquele belo dia ensolarado eu acordei disposto a encarar os fantasmas do passado e quitar uma dívida que eu tinha com meus ouvidos: ouvir Black Sabbath a fundo, incessantemente. Com a sempre providente internet, fui “adquirindo” os primeiros discos, um a um, e ouvindo-os na sequência, desde o da bruxa, que começa com som de chuva e sinos – medo! – até quando os tímpanos suportaram: brutalidade sonora, ritmo pulsante, vocais ensandecidos.
        
       Foi uma experiência bem interessante, cheguei a visualizar Ozzy mordendo morcegos. Queimei um CD só com Black Sabbath, e nesta sexta-feira 13, pretendo ouvi-lo, pelo menos um pouco. Além de a data ser propícia, o primeiro disco da banda, o da bruxa, foi lançado exatamente em uma sexta-feira 13. Seria legal se a TV passasse "A Bruxa de Blair".

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Celtic x Rangers: Rivalidade centenária dentro e fora de campo


No Brasil, estamos habituados a assistir grandes clássicos estaduais. Grêmio x Internacional, Cruzeiro x Atlético Mineiro e Corinthians x Palmeiras são três dos principais dérbis nacionais. É comum também mundo afora rivalidades envolvendo clubes da mesma cidade ou região: são os casos de Boca Jrs. x River Plate, Manchester Utd. x Manchester City e Milan x Internazionale. Na Escócia, nação pertencente ao Reino Unido, um duelo chama a atenção principalmente pelas circunstâncias que iniciam fora das quatro linhas. Celtic FC e Rangers FC são clubes de Glasgow, maior e mais populosa cidade do país.

Ambos foram fundados no Século XIX e dividem o coração dos escoceses em aspectos territoriais, religiosos e políticos. Enquanto os Hoops (apelido do Celtic devido ao uniforme listrado) possuem a simpatia dos católicos e dos imigrantes irlandeses, os Huns (como são chamados os jogadores dos Rangers) são os favoritos dos protestantes e adeptos da Rainha Elizabeth II, por exemplo. As ideologias chegam a interferir na contratação de jogadores. Desde 1888, ano de fundação do Celtic, as duas equipes transformam o embate em um verdadeiro conflito social. Fazer o sinal da cruz chegou a resultar em multa por ser considerado gesto de provocação. Ingredientes que transformaram o Old Firm no maior clássico do mundo.

Desde o final dos anos 90 eu acompanho o confronto. E sou Celtic. Quando estive na Irlanda, fiquei mais de hora visitando a loja oficial dos Hoops em Dublin. Por lá, percebi que grande parte dos torcedores prefere os clubes de fora. Liverpool e Celtic (que, aliás, são parceiros) são os prediletos. Claro, o esporte mais tradicional dos conterrâneos de Bono Vox é o Rugby, e os principais atletas de futebol atuam em países vizinhos.
Apesar da Escócia estar longe de ser uma potência no futebol, a semana do clássico vira uma guerra: a terra do kilt e da gaita de fole ganha uma atmosfera tensa e que ultrapassa os níveis saudáveis de torcida. O policiamento é reforçado nas ruas e há regiões que, por prevenção, chegam a proibir o porte de bandeiras ou acessórios no vestuário que façam referências a algum clube. Afinal, Celtic e Rangers monopolizam há algum (MUITO) tempo a Scottish Premier League e inclusive cogitam disputar a Liga Inglesa, seguindo o exemplo do Swansea City AFC, equipe do País de Gales.

Embora eu não concorde com o excesso de fanatismo dos torcedores, um dos meus sonhos é assistir um Old Firm no Celtic Park, estádio dos Hoops. Principalmente porque eles cantam You’ll Never Walk Alone, popularizada pelo co-irmão Liverpool, e Just Can’t Get Enough, do Depeche Mode. Convenhamos, bem melhor que Poeira, de Ivete Sangalo, cantada por aqui pela torcida do Flamengo. Deixo aqui um vídeo gravado no meio da torcida do Celtic. Percebam que a atmosfera toma conta e, de certa forma, parece bem politizada, educada. Arrepiante. Essa moda podia pegar no Brasil.



Até a próxima, pessoal!
Lucas Padilha - Jornalista