Onde você se informa?

Uma das queixas em relação aos jovens é que poucos se importam ou se interessam por outros assuntos que não sejam música, artistas preferidos, cantores, jogos na internet, baladas e MSN. Esses são, de fato, focos de interesse deles, mas diante dessa queixa a pergunta imediata é: será mesmo que isso é assim?
As outras perguntas necessárias são: E você lê algum jornal? Que tipo de informação? Você olha que tipo de programa na TV? Em algum momento há interesse em saber alguma notícia? E que tipo de notícia? No rádio, somente música? Na internet, somente orkut, facebook e MSN?
Quem reclama do desinteresse do jovem em buscar outras informações além do próprio interesse, tem razão? Talvez sim, talvez não.Claro que tem muita gente que não ta nem aí para o que acontece ao seu redor. Não dá a mínima para noticiários, informações que dizem respeito à vida de cada um, como política, economia, educação, entre outras.Refugiam-se no próprio mundo e não saem dele. Mas, como em tudo, é importante também dizer que, por outro lado, tem sim uma galera interessada em outros temas.Está ligada na política, no que dizem os jornais, nos noticiários da TV e, mais que isso, sabe o significado de uma notícia que, embora venha pronta, tem de forma implícita vários outros significados. De qualquer forma, precisamos reconhecer que o segundo grupo é menor e até escasso.
Não será o caso então de, aos poucos, os jovens começarem dar menos motivos para queixas e engordar o grupo que, por enquanto, é minoria? Estar ligado no que acontece por aí é muito importante para formar uma opinião a respeito das coisas. Sem contar que as Atualidades estão presentes em propostas de redação nos Vestibulares e vários outros concursos. Por isso, fique ligado e faça bonito! A internet é uma ótima ferramenta para isso, tem uma linguagem dinâmica e um ótimo fluxo de informações.

Fica então a dica! Até a próxima!

João Veríssimo
Jornalista
Coordenador NIC
verissimo@unicruz.edu.br

Literatura e química

             Sempre gostei de literatura brasileira. Na idade escolar, li de O Escaravelho do Diabo até a trilogia O Tempo e o Vento, daquele escritor cruz-altense. Só nunca compreendi os parnasianos e simbolistas – ok, também não entendi o Grande Sertão: Veredas. Mas eu nunca quis escrever um livro sobre literatura brasileira, como quis o Frank Jorge num dos clássicos da Graforréia Xilarmônica, fundamental banda de rock gaúcha. O Frank Jorge queria colocar o primo dele na Academia Brasileira de Letras, “nem que seja mascando capim, nem que seja plantando bananeira”. Ainda hoje eu acho essa história muito divertida, embora nunca tenha imaginado a diretora trancada em sua sala, com um saco de pipoca, vendo Corrida Maluca, torcendo pelo Dick Vigarista. Raios duplos! Raios triplos!

Já de química, isso eu jamais gostei. Menos ainda quando tinha que entender sobre átomos e decifrar a tabela periódica para passar no vestibular. A única “Química” legal era a da Legião Urbana, última faixa do lado A do Que País é Este – sim, eu ouvia velhos vinis. Ouvia e cantava “Química” como quem bradava por liberdade, por independência. “Não saco nada de química, literatura e gramática. Só gosto de educação sexual. E eu odeio química, química, química”. Eu tinha 18 anos.

Cada uma a sua maneira, juvenília em ebulição, estas músicas da Graforréia – esqueça “Amigo punk” – e da Legião refletem picardias e inquietações que muitas vezes não se restringem à faixa etária. “Ter carro do ano, TV a cores, pagar imposto, ter pistolão, ter filho na escola, férias na Europa, conta bancária, comprar feijão”, como na letra do Renato Russo, são dilemas que podem te tirar o sono aos 18, aos 28, aos 38... Da mesma forma que ficar refestelado no sofá assistindo à Corrida Maluca não é privilégio de quem ainda não atingiu a puberdade. Até a diretora pode, se quiser. O que não dá é pra torcer pelo Dick Vigarista. Muttley, faça alguma coisa!

Sustentabilidade

Depois daquela quase aula sobre as energias renováveis, hoje queria comentar sobre palavras. Mas não se preocupe, não será aula de português. É apenas uma palavra e como ela é usada: SUSTENTABILIDADE.

Falar do termo ficou comum e está na moda, porém, o significado é amplo. Sustentável é o que se sustenta seja em infraestrutura, financeiro, mas também de utilidade. É a forma como “usamos” nosso planeta e os bens naturais dele. A nossa alimentação pode ser sustentável se produzirmos o que vamos comer, mas alimentos orgânicos, o consumo pode ser sustentável se não poluir, não causar danos ao meio ambiente.

A questão da moda que falei no início, não foi de forma negativa, ao contrário, até porque a “indústria da moda” aderiu ao conceito. Algumas marcas já produzem calçados e roupas com produtos reutilizados e menos poluentes.

O problema é a banalização da palavra. Sustentabilidade é um conceito mas que pode ser aplicado no dia-a-dia. Produzir menos lixo, fazer a reciclagem, economizar água, evitar desperdício e aproveitar outras fontes de energia. A sustentabilidade é considerada o grande desafio do século porque requer conscientização. Agora devemos cuidar do planeta para melhorar a nossa vida e do futuro!

Quer saber mais sobre o tema? Separei dois links úteis:

http://www.revistasustentabilidade.com.br/

http://www.atitudessustentaveis.com.br/

e também um almanaque de práticas sustentáveis para fazer download:

http://www.iteia.org.br/textos/almanaque-de-praticas-sustentaveis

outra dica para quem é ligado nas questões ambientais é o Programa da Globo News – Cidades e Soluções, toda quarta, às 23:30.