sexta-feira, 19 de julho de 2013

Queira o bem, o resto vem!

Eu acredito tanto na força do pensamento. Acho que quando a gente pensa e sente o bem ele acaba voltando. em dobro, triplo, infinito...

Sei que nem sempre dá para sorrir para as pancadas da vida. Tem coisa que é difícil de engolir, tem ferida que arde, tem cicatriz que incomoda, tem machucado que custa a sarar, tem incomodação que tira a gente do sério. Mas tudo tem jeito, entende? Sempre dá para encontrar aquela luzinha lá no fim do túnel.

É claro que muitas coisas não estão em nossas mãos e sei, sei mesmo, que isso é uma grande chatice. Mas a solução não é entrar em desespero, não é derramar um riacho de lágrimas, não é ficar impaciente, nem é dar corda para a insônia...

Tenho a péssima mania de querer que tudo se resolva num piscar de olhos e não é todo dia que é fácil. Certas coisas levam tempo, não são a jato, precisam de empenho, esforço, decisões. E a vida, meu amigo, é de quem batalha, não é de quem espera que uma graça aconteça todo santo dia.

 Desistir do que foge do seu alcance não é covardia. Se você procurar dar o máximo de si em cada situação e, mesmo assim, o negócio emperrar, se a chave não girar, se a mula não andar, se vaca ir para o brejo, simplesmente deixe ela ir. Deixe. Largue de mão, pois às vezes a vida precisa mesmo virar do avesso.

Não tente impedir que o mundo desabe. Deixe ele desabar, deixe os caquinhos se espatifarem no meio da sala, deixe o gelo derreter, o bolo desandar, a canoa virar. E aprenda que muitas vezes o importante é se deixar desconstruir para depois fazer as coisas de outro jeito, mais fortes e melhores.

 Abraço

 Camila Bitencourt

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Que tal dar uma chance para o desconhecido?

Hello, folks.

  Além de falar sobre esportes na coluna Planeta Bola, estreio hoje o Café com Reverb, espaço o qual pretendo compartilhar com vocês recomendações musicais e as tendências que estão surgindo no cenário underground nacional e internacional. Afinal, entre Michéis Telós e Justins Biebers, há quem prefira lapidar os minérios da internet para encontrar boas referências que não aparecem na mídia – ao menos no Brasil.


  Na verdade eu me sinto constrangido quando conheço alguém que pergunta despretensiosamente sobre o meu gosto musical. Não tem como responder “eu me amarro em post-rock, shoegaze ou bandas com uma pegada mais experimental, principalmente as oriundas de Glasgow e Reykjavík”, né? Ao mesmo tempo, cansei de dar dica furada para quem pede indicações de bandas. Não dá pra apresentar Smiths, My Bloody Valentine e Sigur Rós para quem é acostumado a ouvir sertanejo universitário. Mas como eu tenho como passatempo realizar verdadeiras jornadas entre blogs e sites especializados, apresento-vos dois grupos que me agradaram bastante e merecem mais holofotes. 

  Descobri The National há algum tempo e adotei pra mim. É o tipo de som que não enjoa: cada música tem o seu efeito particular e, para quem gosta de acompanhar a tradução, as letras também são bem trabalhadas. As minhas favoritas são as que falam sobre romances, principalmente pelo timbre barítono do vocalista Matt Berninger. Neste ano eles lançaram o ótimo disco Trouble Will Find Me, mas a música que deixo para audição a música Brainy, do álbum Boxer.




 

  No Brasil, meu destaque fica por conta de Mombojó. É difícil descrever, mas os recifenses tocam um indie/MPB bem singular. Assim como The National, não é provável que vocês escutem Mombojó nas rádios por conta do pouco apelo comercial. Para driblar este obstáculo, o grupo disponibilizou faixas para download gratuito no site oficial www.mombojo.com.br/discografia. O disco Amigo do Tempo é bem gostoso, ouça sem preconceitos. Aliás, o charme fica por conta do sotaque nordestino de Felipe S.


  

  Saludos! E na próxima tem mais músicas diferentes para vocês.

 

  Lucas Padilha – Jornalista

  @umtaldeLucas

terça-feira, 16 de julho de 2013

Do "Dó, Ré Mi, Fá, Sol, Lá, Si" ao "Sa, Re, Ga, Ma, Pa, Dha, Ni"

   O escritor Arthur Schopenhauer um dia disse que a música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende. Será? Realmente fica difícil simplificar dentro da linguagem humana a magia que um conjunto de sonoridades matematicamente organizadas carrega. O fato é a necessidade da música nas nossas vidas. Ter o prazer de tirá-la de algum tipo de instrumento então, seja ele qual for, é um dos sonhos que dividimos com a maioria dos seres humanos, alguns realizam outros apenas apreciam. Guitarra, violão, cavaquinho, pandeiro, gaita, cubana, um berimbau, bateria ou até mesmo o triângulo numa roda de forró. Mas, espera aí, eu pergunto: porque não um instrumento com mais de 3 mil anos de história, que vem do outro lado do planeta, diferente de tudo o que estamos acostumados a escutar por aqui e que nunca mudou sua simples e bela estrutura sonora e visual? Essa foi uma das perguntas que fiz quando me apaixonei pelo som desse eixo feito de bambu com seis furos. A simplicidade deste instrumento que contrasta com a complexidade do som produzido, é capaz de deixar qualquer pessoa que tenha a mente aberta, no mínimo pensativa. Que música é essa? Que tipo de melodia é? De onde vem? Como uma “taquara” pode produzir um som tão cativante? 


   Apresento-lhes o Bansuri!


   O bansuri é uma flauta da Índia feita do Bambu Assam, com normalmente seis furos para os dedos. O comprimento depende da tonalidade, variando desde pequenos tamanhos com sons mais agudos até grandes bansuris com sons graves e profundos. É um instrumento simples e antigo associado com a tradição indiana, ligado a mitologia do amor entre Krishna e Radha, apresentado muitas vezes como a flauta de Krishna. Também é muito representado em diversas pinturas com origens no Budismo desde a antiguidade.
   Compartilho com vocês, além do fascinante som desse instrumento, uma peça improvisada no modo hansadhwani, que é um dos modos(ragas para os indianos) que compõe a estrutura da música clássica indiana, tocada por um dos ícones do instrumento, o bansurista Pandit Hariprasad Chaurasia.


Vagner Geschwind Basso - Publicitário