O escritor Arthur Schopenhauer um dia disse que
a música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não
compreende. Será? Realmente fica difícil simplificar dentro da linguagem humana
a magia que um conjunto de sonoridades matematicamente organizadas carrega.
O fato é a necessidade da música nas nossas vidas. Ter o prazer de tirá-la
de algum tipo de instrumento então, seja ele qual for, é um dos sonhos que
dividimos com a maioria dos seres humanos, alguns realizam outros apenas
apreciam. Guitarra, violão, cavaquinho, pandeiro, gaita, cubana, um berimbau,
bateria ou até mesmo o triângulo numa roda de forró. Mas, espera aí, eu
pergunto: porque não um instrumento com mais de 3 mil anos de história, que vem
do outro lado do planeta, diferente de tudo o que estamos acostumados a escutar
por aqui e que nunca mudou sua simples e bela estrutura sonora e visual? Essa
foi uma das perguntas que fiz quando me apaixonei pelo som desse eixo feito de
bambu com seis furos. A simplicidade deste instrumento que contrasta com a
complexidade do som produzido, é capaz de deixar qualquer pessoa que tenha a
mente aberta, no mínimo pensativa. Que música é essa? Que tipo de melodia é? De
onde vem? Como uma “taquara” pode produzir um som tão cativante?
Apresento-lhes o Bansuri!
O bansuri é uma flauta da Índia feita do Bambu
Assam, com normalmente seis furos para os dedos. O comprimento depende da
tonalidade, variando desde pequenos tamanhos com sons mais agudos até grandes
bansuris com sons graves e profundos. É um instrumento simples e antigo
associado com a tradição indiana, ligado a mitologia do amor entre Krishna e
Radha, apresentado muitas vezes como a flauta de Krishna. Também é muito
representado em diversas pinturas com origens no Budismo desde a antiguidade.
Compartilho com vocês, além do fascinante som desse instrumento, uma peça improvisada no modo hansadhwani, que é um dos modos(ragas para os indianos) que compõe a estrutura da música clássica indiana, tocada por um dos ícones do instrumento, o bansurista Pandit Hariprasad Chaurasia.
Compartilho com vocês, além do fascinante som desse instrumento, uma peça improvisada no modo hansadhwani, que é um dos modos(ragas para os indianos) que compõe a estrutura da música clássica indiana, tocada por um dos ícones do instrumento, o bansurista Pandit Hariprasad Chaurasia.
Vagner
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