quinta-feira, 18 de julho de 2013

Que tal dar uma chance para o desconhecido?

Hello, folks.

  Além de falar sobre esportes na coluna Planeta Bola, estreio hoje o Café com Reverb, espaço o qual pretendo compartilhar com vocês recomendações musicais e as tendências que estão surgindo no cenário underground nacional e internacional. Afinal, entre Michéis Telós e Justins Biebers, há quem prefira lapidar os minérios da internet para encontrar boas referências que não aparecem na mídia – ao menos no Brasil.


  Na verdade eu me sinto constrangido quando conheço alguém que pergunta despretensiosamente sobre o meu gosto musical. Não tem como responder “eu me amarro em post-rock, shoegaze ou bandas com uma pegada mais experimental, principalmente as oriundas de Glasgow e Reykjavík”, né? Ao mesmo tempo, cansei de dar dica furada para quem pede indicações de bandas. Não dá pra apresentar Smiths, My Bloody Valentine e Sigur Rós para quem é acostumado a ouvir sertanejo universitário. Mas como eu tenho como passatempo realizar verdadeiras jornadas entre blogs e sites especializados, apresento-vos dois grupos que me agradaram bastante e merecem mais holofotes. 

  Descobri The National há algum tempo e adotei pra mim. É o tipo de som que não enjoa: cada música tem o seu efeito particular e, para quem gosta de acompanhar a tradução, as letras também são bem trabalhadas. As minhas favoritas são as que falam sobre romances, principalmente pelo timbre barítono do vocalista Matt Berninger. Neste ano eles lançaram o ótimo disco Trouble Will Find Me, mas a música que deixo para audição a música Brainy, do álbum Boxer.




 

  No Brasil, meu destaque fica por conta de Mombojó. É difícil descrever, mas os recifenses tocam um indie/MPB bem singular. Assim como The National, não é provável que vocês escutem Mombojó nas rádios por conta do pouco apelo comercial. Para driblar este obstáculo, o grupo disponibilizou faixas para download gratuito no site oficial www.mombojo.com.br/discografia. O disco Amigo do Tempo é bem gostoso, ouça sem preconceitos. Aliás, o charme fica por conta do sotaque nordestino de Felipe S.


  

  Saludos! E na próxima tem mais músicas diferentes para vocês.

 

  Lucas Padilha – Jornalista

  @umtaldeLucas