sexta-feira, 27 de abril de 2012

FC Start: acima de tudo, a honra

Antes de tudo, acho que preciso me apresentar, correto? Lucas, jornalista, aquariano, canhoto e discreto. Desde outubro estou substituindo a Alice Balbé no Núcleo Integrado de Comunicação da Unicruz e no blog do Desafio Papo Cabeça. No dia-a-dia, minhas preferências de assuntos e de lazer são cinema, música, análises de comportamento e principalmente esportes. E o meu debut por aqui será sobre o meu tema predileto.

Acho fascinante como o futebol é capaz de prender de forma tão intensa os seus adeptos, sejam praticantes ou espectadores. Pessoas trocam de religião, de ideologias políticas e até mesmo de sexo. Só não mudam o time de coração. Uma história em particular retrata a paixão, o heroísmo e a magnitude que este esporte atinge. O livro “Futebol & Guerra”, de Andy Dougan, talvez seja o principal documento sobre a tragédia que uma equipe da Ucrânia sofreu durante a 2ª Guerra Mundial.


A obra revela detalhes sobre o Dínamo de Kiev, time formado por trabalhadores de uma padaria da capital ucraniana no fim da década de 20. Aos poucos, a equipe começa a se profissionalizar e em pouco tempo torna-se um dos principais times do leste europeu. Entretanto, com a chegada das tropas alemãs durante a Guerra, o Dínamo se vê obrigado a suspender suas atividades conforme a Ucrânia vive dias de tensão. Alguns atletas chegam a participar de batalhas, chegando alguns a morrerem ou sofrerem torturas. Após meses de conflitos, parte dos jogadores consegue se reencontrar e fundam o FC Start, união dos ex-jogadores do Dínamo com o Lokomotiv, outro grande clube de futebol da União Soviética. Enquanto o país está tomado pela atmosfera da guerra, o time da Luftwaffe (Força Aérea Alemã) desafia os jogadores do FC Start, estes visivelmente debilitados pelas condições precárias oriundas da repressão.



Sabendo que uma vitória poderia custar suas vidas, a equipe ucraniana passa pelo dilema de proteger sua integridade física – também conhecida como “vida”, ou manter a reputação perante sua própria nação. Bem, a última das partidas do FC Start ficou conhecida como o “Jogo da Morte” e até hoje é uma lição de espírito esportivo. E mais: é a prova do potencial que o futebol tem em interferir nos ideais de uma pessoa.
Apesar da história trágica, o livro é um banho de cultura sobre as proporções da 2ª Guerra nos países do leste europeu. Arrisco a afirmar que nem é necessário gostar de futebol para ler a obra. Determinação, coragem, espírito de coletividade que podem servir de exemplo para qualquer ocasião.

H
á reconstruções audiovisuais deste episódio. Uma delas é o superficial filme “Fuga para a Vitória”, com participações de Sylverster Stallone e Pelé – o curioso é que o craque brasileiro fez uma ponta atuando como um prisioneiro nascido em Trinidad e Tobago. Mas a película “Match” parece ser a grande produção sobre o FC Start. Gravado com o auxílio de mais documentos descobertos e com estreia prevista para maio, o filme parece não ter repercutido muito nos principais países da indústria cinematográfica. Detalhe que a Ucrânia, juntamente com a Polônia, é uma das sedes da Eurocopa 2012 no mês de junho. O trailer foi divulgado em russo e ainda não há tradução para o inglês. Pelo que dá para ver, o protagonista será o goleiro Trusevich, um dos jogadores mais ativos no livro. Resta-nos aguardar o lançamento no ocidente.

Trailer de Match, ainda sem legendas:



Espero que tenham gostado, pessoal. Um abraço!
Lucas Padilha - Jornalista

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Voltando com informações

      Olá pessoal, como sou jornalista e gosto de estar sempre bem informada sobre vários assuntos, minha proposta para essa nova temporada do blog Desafio Papo Cabeça é seguir postando notícias que ajudem você a saber sobre um pouco daquilo que acontece pelo mundo.
      Contudo, neste meu primeiro texto do ano, prefiro falar das experiências que tive no Papo Cabeça em 2011, como apresentadora do programa na Unicruz TV. E olha que não falo apenas da experiência profissional de apresentadora, falo da experiência de ter convivido por mais de dois meses com jovens brilhantes e dispostos a fazer a diferença. Quando paro para lembrar das gravações, me vêm em mente cada um dos "rostinhos" daqueles que estiveram aqui comigo. E não pensem que o "friozinho na barriga" foi 'privilégio' somente das equipes, eu também tive que controlar meu nervosismo nas gravações, afinal o novo sempre nos causa certa estranheza e ansiendade.
       Para aqueles que não tiveram a oportunidade de participar das gravações, saibam que um novo Desafio Papo Cabeça está sendo preparado e quem sabe essa não é a sua chance de sentir "aquele friozinho na barriga" que falei e, depois de tudo, ter muita história pra contar.
       E  fica a dica galera! Pensem com espírito de equipe, pois o Desafio Papo Cabeça só é um sucesso porque existe uma bela e talentosa equipe  de profissionais que "faz ele acontencer". Então de nada adianta um talento isolado. É preciso unir as forças entre colegas, pois é a soma de todas as habilidades que faz a diferença.  
                
Um grande abraço e "fiquem ligados o Papo Cabeça já vai começar"!

Rubia Pasinatto - jornalista e apresentadora do Desafio Papo Cabeça

Mãos à obra

Alô galera! O Desafio Papo Cabeça é um sucesso. Por isso que estamos incrementando a edição deste ano. No ano passado, esse projeto bombou. Outro dia fui a Santa Bárbara participar da festa de 50 anos da escola Blau Nunes, a vencedora do ano passado.
Essa escola parece que anda na contramão da crítica que se faz sobre a educação. É um belo "case" de que é possível sim. Tudo porque há um grupo de professores comprometidos, criativos e completamente envolvidos com a escola, para a qual se dedicam plenamente. O resultado são alunos também comprometidos e dispostos a aprender. Tanto que venceram uma competição que exigia conhecimento em diversas áreas. A escola é um momento decisivo na vida de todos nós. É nela que entendemos o mundo, nos preparamos para ele exercitando várias coisas. É um tempo que não dá pra desperdiçar.
O mês de maio começa sempre celebrando o trabalho. A data faz com que, com mais evidência, sejam divulgadas pesquisas sobre mercado de trabalho. O ponto comum entre elas é que existem vagas, mas falta gente qualificada.
Dessa forma, o importante é sempre buscar o algo mais, o conhecimento que leva a diversas oportunidades. Tá muito claro pra todos que o mundo tá cheio de possibilidades de crescimento. Ele está aí pra ser conquistado. O sucesso é resultado do esforço. O legal disso tudo é que tem muita gente que tá mesmo a fim, isso porque conquista é aquilo que construímos todos os dias. Então mãos à obra...      .

 
João Veríssimo
Coordenador do Núcleo Integrado de Comunicação
UNICRUZ

 

quarta-feira, 25 de abril de 2012


Teló e Gotye

Olá, pessoal!
Vamos nessa?
Desde a última vez que eu escrevi aqui no blog do Papo Cabeça, o mundo foi tomado de assalto, inadvertida e inapelavelmente. E não foi – felizmente – mais um teste nuclear na Coreia do Norte, nem um ataque terrorista contra o Ocidente, nem um abalo sísmico de grandes proporções que fosse gerar um tsunami de proporções ainda maiores.
Foram não mais que poucas frases, estas:
“Delícia, delícia, assim você me mata
Ai se eu te pego, ai, ai, se eu te pego...”
(E assim por diante).
As frases, a música e a história prescindem de mais informações. Michel Teló foi o hitmaker do verão no Brasil, do inverno na República Tcheca e fez sucesso em grande parte dos países onde as pessoas ouvem rádio, veem TV e acessam a internet. “Ai se eu te pego” ganhou versão em inglês, espanhol, francês, guarani... E a febre ainda nem passou: até estes dias, a música seguia nas paradas do iTunes em nada menos que 11 países europeus e nos Estados Unidos.
            Por aqui, em Cruz Alta, faz algum tempo que eu não ouço nenhum carro com os alto-falantes bradando “ai, ai, se eu te pego...”. Em compensação, vários outros hits do sertanejo universitário e outros ritmos já sucederam a música do Teló, a saber:
            “Eu quero tchu, eu quero tcha, eu quero...”
            “Sou simples, mas eu te garanto, sei fazer o lêlêlê...”
“É meu defeito, eu bebo mesmo, beijo mesmo, pego mesmo...”
            “Taca cachaça, que ela libera...”
            (E assim por diante).

Nem melhor, nem pior, apenas diferente, é outro hit mundial que no Brasil (ainda) não estourou. Gotye é o nome do autor, um músico belga-australiano até então praticamente desconhecido, e “Somebody that I used to know” é o nome da bomba.
O som é outro, a proposta é outra, a ideia é outra, talvez por isso não se tenha visto nenhum boleiro fazendo coreografia. Mas o som do Gotye já encabeça as paradas mundiais, cutucando grandes astros e estrelas, ganhando versões, conquistando fãs no Turcomenistão, mais ou menos como aconteceu com o mato-grossense Teló. Então, confira uma das várias versões de “Somebody that I used to know” no YouTube e, se gostar, coloque-a no CD que você for queimar nos próximos dias com os últimos sucessos. Vai ficar diferente antes do MC Edy Lemond.