quarta-feira, 11 de julho de 2012

Para ouvir na sexta-feira 13


Num belo dia, sol batendo na janela, passarinhos cantando, acordei com vontade de ouvir Black Sabbath. Era o meu chamado vácuo musical: não queria ouvir nada do que eu costumo ouvir nem descobrir qualquer novidade. Queria era ouvir a antiga banda do Ozzy Osbourne, da qual eu conhecia, sei lá, seis ou sete músicas, porque mesmo na minha adolescência metaleira o Black Sabbath nunca passou muito perto.

Eu sempre tive uma espécie de receio à banda – um leve temor, confesso –, porque havia toda uma história de satanismo, magia negra, Ozzy engolindo morcegos no palco, o sangue escorrendo pelo pescoço, mitos & verdades que sempre me espantaram. E tinha também a capa do primeiro álbum, homônimo da banda, com a bruxa de Blair ou sei lá o que é aquilo. Nunca esqueci dessa capa desde que a vi numa revista sobre música, e eu nem era mais criança.

        Pois naquele belo dia ensolarado eu acordei disposto a encarar os fantasmas do passado e quitar uma dívida que eu tinha com meus ouvidos: ouvir Black Sabbath a fundo, incessantemente. Com a sempre providente internet, fui “adquirindo” os primeiros discos, um a um, e ouvindo-os na sequência, desde o da bruxa, que começa com som de chuva e sinos – medo! – até quando os tímpanos suportaram: brutalidade sonora, ritmo pulsante, vocais ensandecidos.
        
       Foi uma experiência bem interessante, cheguei a visualizar Ozzy mordendo morcegos. Queimei um CD só com Black Sabbath, e nesta sexta-feira 13, pretendo ouvi-lo, pelo menos um pouco. Além de a data ser propícia, o primeiro disco da banda, o da bruxa, foi lançado exatamente em uma sexta-feira 13. Seria legal se a TV passasse "A Bruxa de Blair".