Queria que meus amigos fossem parte de uma rara coleção de miniaturas em minha estante. Nela eu colocaria os mais importantes e amados, estariam sempre ali, por perto, ao meu alcance. Eu poderia cuidar, fazer companhia e ajudar quando lhes faltasse força. Eu estaria sempre por perto, zelando por minha coleção de bens preciosos.
E eles estariam ali, prontos para um abraço, uma conversa a toa ou um conselho na hora certa. Eles seriam sempre presença, nunca saudade. Minha estante seria grande o bastante para caber os amigos de todas as cidades, idades, particularidades e porque não maldades?
Caberia todos os que estão no meu coração. E eu poderia sair e, quando voltasse, eles ainda estariam todos lá, onde deixei. Apesar de saber que é inevitável, ainda me dói ver eles saindo da estante sem que eu esteja indo junto.
Camila Bitencourt
Núcleo Integrado de Comunicação
Universidade de Cruz Alta
Ramal - 2546