Hoje é Dia dos Namorados, então, urge que se fale de amor. De músicas de amor, no caso. Cada um, cada casal tem a sua, as suas músicas para ouvir abraçadinho ou para chorar escondidinho. Eu tenho a minha. É There is a light that never goes out, dos Smiths.
Lembro que fiquei pasmado na primeira vez que a ouvi, sozinho ainda, num início de noite chuvoso e frio de uma sexta-feira já distante no tempo – é possivelmente a única música cuja primeira audição não me sai da memória. Uma melodia arrebatadora e uma letra meio trágica, de alguém que descobre o amor em sua última chance – ou algo assim. E esse amor parece ser tão definitivo, e tudo ao redor tão desimportante, que nem um caminhão de dez toneladas no caminho estragaria tudo.
“Há uma luz que nunca se apaga” – eu sempre penso quando estou na estrada. E cantarolo There is a light that never goes out, desde sempre a música da minha vida. Meu amorzinho também a ama. Nós a amamos. Porque Morrissey a canta com amor. E isso é tudo.
P.S.: Dinho Ouro Preto fez uma versão para essa canção em seu recente disco solo, mas me pareceu faltar amor.