segunda-feira, 6 de agosto de 2012

GENTE, O MAIS IMPORTANTE

           

Há um frenesi nas ruas, nos locais de trabalho, nas residências, até nas mesas  de bar, ou  seja , em  todos  os lugares  sempre há  alguém grudado  num celular, num tablet  ou em algumas  dessas engenhocas que não são apenas  sonhos de  consumo, mas são, na  verdade, consumidos à exaustão.
A comunicação, assim como a humanidade, teve um salto de tecnologia inimaginável a menos de 20 anos. Em todo lugar que se vá tem gente por todos os  lados   conectada de  alguma  forma, dentre as tantas  possibilidades, com  alguém. Encurtamos distâncias, aproximamos pessoas, fizemos atalhos e resolvemos  problemas com soluções rápidas. Tudo virtual. A máquina, ou as máquinas, nas suas múltiplas formas são os grandes instrumentos. O emaranhado de tecnologia nos dá a sensação de não precisarmos mais o olho no olho, o contato físico, o calor humano. Atrás dessas facilidades, muitas vezes escondemos também nossas fragilidades.
A tecnologia faz milagres, facilita a vida, é a modernidade transformando hábitos, culturas, comportamentos e o jeito de viver. Mas ela não pode substituir o humano. Atrás de cada máquina há um ser vivo, não podemos abrir mão de ser GENTE.
João Verissimo – Jornalista