Há um frenesi nas ruas, nos locais de trabalho, nas residências, até nas mesas de bar, ou seja , em todos os lugares sempre há alguém grudado num celular, num tablet ou em algumas dessas engenhocas que não são apenas sonhos de consumo, mas são, na verdade, consumidos à exaustão.
A comunicação, assim como a humanidade, teve um salto de tecnologia inimaginável a menos de 20 anos. Em todo lugar que se vá tem gente por todos os lados conectada de alguma forma, dentre as tantas possibilidades, com alguém. Encurtamos distâncias, aproximamos pessoas, fizemos atalhos e resolvemos problemas com soluções rápidas. Tudo virtual. A máquina, ou as máquinas, nas suas múltiplas formas são os grandes instrumentos. O emaranhado de tecnologia nos dá a sensação de não precisarmos mais o olho no olho, o contato físico, o calor humano. Atrás dessas facilidades, muitas vezes escondemos também nossas fragilidades.
A tecnologia faz milagres, facilita a vida, é a modernidade transformando hábitos, culturas, comportamentos e o jeito de viver. Mas ela não pode substituir o humano. Atrás de cada máquina há um ser vivo, não podemos abrir mão de ser GENTE.
João Verissimo – Jornalista